A BENGUELA CHAMOU PRA JOGAR
A benguela chamou pra jogar
A benguela chamou pra jogar (Coro)
Capoeira
Tudo começou assim
Hoje eu tenho que lembrar
De Maria Martinha do Bonfim Luiz Cândido Machado
Que eram os pais de Mestre Bimba
Manoel dos Reis Machado.
CORO
Em mil e novecentos,
Este fato aconteceu
Em vinte e três de novembro
O Mestre Bimba nasceu
CORO
Bimba assim dizia
Tocando seu berimbau
Sentado no velho banco
Ensinando a Regional.
CORO
Nos dias de formatura
Era obrigado a jogar
O São Bento Grande
E o toque de Iúna
A benguela não podia sujar.
CORO
Em cinco de fevereiro
Do ano de setenta e quatro
Esta tristeza aconteceu
Na cidade de Goiânia
Mestre Bimba faleceu.
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A PALHA DO COQUEIRO
Composição: Esquilo
Vento balançou a palha do coqueiro
Vento balançou a palha do coqueiro
Coco que tava maduro
Despencou caiu primeiro
Coco que tava maduro
Despencou caiu primeiro
CORO
Lá na praia tem coqueiro
Quem plantou foi lemanjá
Se o coco tiver maduro
O vento vai derrubar
CORO
Coco maduro tomara que você caia
Mais não quebre a sapucaia
quando o vento balançar
CORO
Na praia de Amaralina
Na sombra do coqueiral
Tem roda de capoeira
No toque do berimbau
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A onda rolou na praia
E voltou correndo ao mar (2x)
Capoeira balançou
No rolê voltou a jogar
Capoeira balançou
No rolê voltou a jogar (Coro)
Meia-lua cortou o vento
Rasteira foi lá buscar (2x)
Capoeira balançou
No rolê voltou a jogar
CORO
Segura seu moço
Deixa o corpo balançar
No toque do berimbau
Capoeira vai ter que rolar
Na cadência do atabaque
Quero ver negro pular
CORO
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A Vida De Mestre Bimba
Composição: Boiadeiro
Seu Bimba adeus
Seu Bimba adeus
Foi embora da terra
Jogar capoeira
Lá em cima com Deus
Amigo já faz cem anos
Que na terra ele chegou
Na fraguesia de Brotas
Engenho Velho,
Nasce o criador
CORO
Seu nome de guerra
Famoso na capoeira
Foi fruto de uma aposta
Entre sua mãe e a parteira
CORO
Começou a capoeira
Na Estrada das Boiadas
Hoje bairro da Liberdade
Em Salvador sua terra amada
CORO
O africano Bentinho
Ensinou a Mestre Bimba
A capoeira angola
A malandragem e a mandiga
CORO
No Engenho Velho de Brotas
Bairro pobre de Salvador
Sua primeira academia
Em trintae dois ele fundou
CCORO
Que tristeza foi a morte
De Manuel dos Reis Machado
Só pouco tiveram a sorte de jogar
Junto ao seu lado
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A onda rolou na praia
A onda rolou na praia
E voltou correndo ao mar (2x)
Capoeira balançou
No rolê voltou a jogar
Capoeira balançou
No rolê voltou a jogar (Coro)
Meia-lua cortou o vento
Rasteira foi lá buscar (2x)
Capoeira balançou
No rolê voltou a jogar
CORO
Segura seu moço
Deixa o corpo balançar
No toque do berimbau
Capoeira vai ter que rolar
Na cadência do atabaque
Quero ver negro pular
CORO
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APARTHEID
Antigamente
o negro era acorrentado
vivia escravizado
sem ter paz na sua vida
E de repente
acabava a escravidão
o negro é solto em liberdade
sem ter muita informação
Mas e agora
o que é que eu vou fazer
eu tenho que sobreviver
e não sei ler nem escrever
Vou trabalhar no cais
para o meu filho estudar
quem sabe algum dia
conseguir se afirmar
Depois de tanto sofrimento
vejo que tudo foi em vão
pois o negro é mau olhado
pela discriminação
Ô vejam só a minha terra
que eu não tenho mais direito
esse tal de Apartheid
só aumenta o preconceito
Isso que é a liberdade
a maneira de dizer
eu agora sou escravo
de um outro tipo de poder